O que são Sociedades Matriarcais?

Sociedades Matriarcais

Matriarcado

O “Matriarcado” é um dos nomes utilizados para descrever as Sociedades Matriarcais. É comum aqui no Ocidente pensar e propagar a ideia de que o Matriarcado não existe, ou até mesmo que se trata do inverso do Patriarcado. (Sociedades onde as mulheres “dominam” tudo). Mas a realidade é que o Matriarcado é muito pouco compreendido, pois para entendê-lo precisamos ler as “entrelinhas da história”. Mas conhecê-lo nos conduz a um estado de revolução e no mundo de hoje, pessoas revolucionárias não dão lucro aos impérios.

A Revolução matriarcal

A palavra revolução não significa luta, guerra ou briga, seu significado original é “dar a volta”, “retornar”, trazer de volta algo que já existiu em outro tempo, mas se perdeu. Quando nos tornamos revolucionárias, estamos retomando camadas da nossa existência que nos foram roubadas. Isso não tem nada a ver com luta, isso tem muito mais a ver com resgatar o amor por quem somos. Mas o patriarcado é tão perverso, que nos roubou até mesmo o significado das palavras e hoje estamos passando por um momento que precisamos reaprender tudo.

Essas sociedades possuem tradições muito antigas, pois elas existem desde a pré-história. Seus vestígios são ainda mais antigos do que os vestígios da Sociedades Patriarcais. Mas seus fundamentos são completamente diferentes. E ao contrário do que muitas pessoas pensam, elas ainda existem e não são poucas. Estão presentes em quase todos os continentes e as mulheres não dominam nem controlam nada, elas cuidam e são respeitadas.

As Sociedades do Cuidado

Essas, são sociedades de uma pureza e simplicidade extremamente sofisticada. Quando nos abrimos e nos damos a oportunidade de conhecê-las, somos arrebatadas com aprendizados que sempre fizeram parte de nós. Estudar as Sociedades Matriarcais é um ato revolucionário. É quando trazemos de volta o respeito e os valores do cuidado. E isso não tem nada a ver com “passividade”, porque essas mulheres são exemplos de mulheres inteiras, participativas, que plantam, colhem, vendem, ensinam, criam, constroem, cuidam e festejam. Sem esquecer nem deixar ninguém de lado. Elas são o coração pulsante da sociedade.

O que caracteriza uma sociedade como Matriarcal é que as “mães” estejam no centro da sociedade e no centro da distribuição econômica. Esta centralidade ela acontece dentro dos núcleos familiares, que correspondem a clãs ou aldeamento, e em cada clã existe uma matriarca. Ainda que esta seja uma figura central, é imprescindível que exista igualdade de gênero, pois nestas sociedades não existe hierarquia de gênero. Promove-se uma visão de que todos os sexos são valiosos. Inclusive em algumas destas sociedades existe um “terceiro gênero”, para pessoas que optem por uma transição. A economia não é baseada em um sistema de acumularão, mas em um sistema de abundância mutua na qual as famílias mais abundantes compartilham com as menos para que ocorra um equilíbrio.

Muitas pessoas já me disseram:

“A solução não é tornar-se matriarcal”.

É interessante que a vontade de opinar ela predomina, mas o interesse em entender sobre os assuntos opinados, nunca é equivalente.

Quando aprendemos com as Sociedades matriarcais, percebemos que não é sobre mudar para algo diferente é apenas resgatar camadas fundamentais que foram escondidas e proibidas para que assim, possamos nos tornar novamente inteiras. Hoje somos mulheres em pedaços, sem referências, sem tradições, sem natureza, sem respeito, sem cuidado.

O Matriarcado não é um Sistema Social do passado, é um modo de vida atemporal, que nos ensina que ser mãe não é uma função, é um valor. E quando este valor é assumido por todas as pessoas que compõem uma sociedades a desigualdade, o desrespeito e o preconceito desaparecem. Parece utopia? Mas este é o poder de viver em um território onde a mulher é respeitada. O ambiente floresce!

Um salve às Mães do Mundo

  • Já ouviu falar dos Tambores Matriarcais? Clique aqui e saiba mais…

* Este artigo é de autoria de Suellen Carollo, caso tenha interesse em compartilhar, pedimos que não esqueça de citar a fonte. Esta pratica favorece para a continuidade do Projeto Música da alma, garantindo que cada vez mais conteúdos possam ser compartilhados nesta plataforma.

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